domingo, 15 de abril de 2012

Sublimar


Serenamente repouso
nas sombras
dos amantes perdidos
Nas memórias
que perderam a cor
e sombras
se tornaram
Repouso no aconchego
da certeza
de saber amar
Não deixei palavras
ocultas
no meu coração
as declarei
Não contive meus gestos
massacrando
minh’alma
Ofereci ternura
Ofereci carinho
Ofereci prazer
Minha inocência se dá
pela vergonha
daqueles
que não sabem
ser amados
Não sobrou o remorso:
Das palavras
que não foram ditas
Das carícias
que não foram feitas
Das emoções
que não foram vividas
Sorvi cada gota
de todas as poções
do amor
que me foi ofertado
Não carrego
a vergonha
de ajoelhar
e não rezar
Outros medos
podem
tentar
me assombrar
Pouco a pouco
irei superar
A calma
sempre foi
sempre é
sempre será
minha fiel
companheira
Com o coração
leve
é fácil
a coragem restaurar
Mas a paz infinita
é poder atestar
Que em verdade:
Não tive
Não tenho
Não terei
medo de amar.
Meu amor próprio
transborda
e sobra
e não faltará
para aquele
que não tem medo
de ser amado
que não tem medo
de amar.

Marise Lima Muniz

4 comentários:

  1. Eu adoro essa poesia,é tudo lindo no seu blog.Parabéns!

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  2. Obrigada Socorro Aguiar, fiquei muito feliz com sua visita e o seu comentário...

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  3. Amei a sua poesia! Livre, fluida, ritimada, gostosa de ser lida... Feliz por ter vc entre nós! ANJES

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  4. Eu que agradeço o seu carinho Anjes, e a sua visita... Grata!

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