segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ausência

Caí do seu colo
Uma ausência me invadiu
Fiquei muda, me tornei distante
Distante das palavras
Próxima demais do silêncio
Não gosto do silêncio
Ele faz muito barulho
No silêncio o vento grita
A respiração sufoca
O ar acaba
Mas não é a morte
Apenas desmaiei
Desmaiei na sua ausência
Por favor, me apanhe
Me apare com suas mãos
Não me deixe cair no chão...
Bonecas* quebradas...
Brinquedos jogados...
Insetos a espreita...
E um piso frio demais...
                          
Bonecas* mortas, envenenadas com “formicida”.(05/07/1992)
                                           
Marise Lima Muniz

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